As fotos já estão prontas, já fiz uma primeira triagem ontem à noite e espero concluir a tarefa da escolha das que irão para o site amanhã nas duas horas de viagem do Alfa Pendular a caminho de Lisboa. E passadas três semanas aí estará a primeira versão do site.
Continuando com mais arranjos exteriores de pormenor, hoje o Sr. Emídio com mais um ajudante fizeram um passeio de travessas de madeira entre o parque de estacionamento e o tanque de rega. Foi uma tarefa pesada, que começou logo às 8 da manhã com o corte a meio das travessas utilizando a moto-serra. É espantoso como estas sulipas, a maioria de madeira de eucalipto, algumas com mais de 40 anos, resistem ao tempo: são duríssimas e resistem estoicamente à corrente cortante, obrigando a que a meio da função eu tivesse que ir aguçar a dita e, por prevenção, comprar uma nova suplente; uma vez abertas pelo corte deixam ver um interior sem mácula, com a cor e as nervuras típicas do eucalipto, sendo fácil prever que vão durar outro tantos anos. Hoje a maioria ficou já colocada no sítio, e que bem que ficaram. Este homem é mesmo um achado como trabalhar-faz-tudo: faz de tudo e bem, seja na horta, seja de serralheiro, de carpinteiro ou de pedreiro.
Não fora as minhas origens beirãs, eu andaria estupefacto com a generosidade da vizinhança: ainda não tínhamos tido tempo de esquecer o sabor das febras e do lombo do dito porco e já a Licínia aqui estava com a prova das chouriças, que ela própria fez a seguir à matança; e é o vinho novo, e são as batatas novas, e são as nabiças novas, é o garrafão do bagaço novo, é o mel da minha tia Arminda, é o franguinho caseiro de que se vai tirar as febras do peito para a menina Emma.
Haja saúde para aguentar tanta guloseima!